ETA

Como funciona o Sistema Imunana-Laranjal, em São Gonçalo

Estação de Tratamento precisou interromper os trabalhos

O abastecimento do Sistema Imunana vem da captação de águas dos rios Guapiaçu e Macacu
O abastecimento do Sistema Imunana vem da captação de águas dos rios Guapiaçu e Macacu |  Foto: Péricles Cutrim
 

Você faz ideia de todos os processos pelo qual a água que abastece as cidades e distritos da Região Metropolitana do Rio precisa passar até estar própria para consumo nos lares? No Sistema Imunana-Laranjal, uma Estação de Tratamento de Água (ETA) localizada no bairro Laranjal, em São Gonçalo, são vários. 

O abastecimento do Sistema Imunana vem da captação de águas dos rios Guapiaçu e Macacu, que seguem o percurso pelo canal no município de Guapimirim e é bombeada até a ETA do Laranjal. De lá sai água para São Gonçalo, Niterói, Ilha de Paquetá, Inoã e Itaipuaçu.

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"Depois de captada, a água passa por processos de tratamento. Esse percurso são cerca de 16 km de transporte por adutoras e, quando chega aqui na unidade de tratamento de água, ela começa a passar por um tratamento químico-físico", explica Elisa Silva, gerente do sistema operacional da Cedae.

Segundo Elisa, cada detalhe é averiguado minuciosamente e seguindo todos os critérios determinados pela legislação. Só depois de todo tratamento que a água é vendida para as concessionárias, responsáveis pela distribuição aos municípios. 

"São feitas análises recorrentes, com uma frequência determinada pela legislação, que atestam que a água está apta para a distribuição. A gente produz aqui, em média, 6.400 mil de litros por segundo", destaca.

Sem água a qualquer hora

A Águas de Niterói comunicou que o fornecimento de água na cidade está comprometido nesta quarta-feira (3) devido à paralisação do Sistema Imunana-Laranjal, operado pela Cedae.

Uma equipe da concessionária está no local, em São Gonçalo, para acompanhar os esforços de restabelecimento do sistema, previsto para o final do dia desta quarta. O desabastecimento também pode afetar São Gonçalo, Maricá e Itaboraí. 

A operação do Sistema Imunana-Laranjal precisou ser interrompida por conta da alteração da qualidade da água bruta (ainda não tratada) no manancial de captação.

Técnicos da Cedae intensificaram o monitoramento e aguardam a normalização das condições no manancial para retomar as atividades, garantindo a qualidade da água que será distribuída à população.

O caminho da água

  1. Até a água chegar na estação de tratamento, ela passa por alguns processos físicos de gradeamento, como a remoção de sólidos grosseiros de troncos e galhos;
  2. Depois são removidas as areias, que são os sólidos menores e, por isso, não ficam retidos na grade. Em seguida, a água é bombeada na Estação Elevatória, e vai chegar até a ETA;
  3. Já na ETA, ela chega com turbidez e sólidos finos, muito pequenos, que para retirar precisa entrar com o processo químico. Assim, esses sólidos ficam aglutinados, ganhando e deixando a água decantada;
  4. É então que começa o processo de filtração, que consegue reter microrganismos e micropartículas, atingindo níveis baixos de turbidez, tudo regulado por normas técnicas;
  5. Após ser filtrada, a água vai estar apta para receber os produtos químicos, como flúor e cloro. Após todo o processo de desinfecção, começa então a correção do pH, e então, ela é distribuída para a população.
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